"O ALMOÇO REAL"

Nós, os novos intendentes, saímos a procura dos diamantes reais, no entanto, como a cidade é um tanto quanto acidentada, ou seja, muitas ladeiras e subidas íngremes, a fome apertou estes emissários do Rei, que sob a responsabilidade do intendente Paulo Cesar, sábio conhecedor da culinária mineira que é, tomou para si a tutela da ecolha do banquete real, pois, ao avistar numa placa o valor de tal banquete pela bagatela de R$ 4,50 "reaus", não titubeou em convidar o seu companheiro, o intendente real Alexandre, que vítima inocente, aceitou e foi logo pedindo o prato principal, o qual era, frango frito (tipo a passarinho, mais osso do que carne), miojo sem molho e o melhor, arroz com feijão sem tempero. Os nobres intendentes, ao perguntarem ao cozinheiro real, o nome daquela iguaria, foram informados de que se tratava de uma comida famosa e sem igual naquela região, denominada PFo, ou seja, Prato Feito de ontem, como já era tarde e realmente a fome não lhes dava tregua, resolveram experimentar tal iguaria, e como, quem come paga, nossos "reais motociclistas", sem alternativa e com a cara de quem não gostou, pagaram e foram embora, contudo, o intendente Paulo Cesar, ainda não satisfeito, foi ter com uma ruma de simpáticas idosas, que lhe mostraram aonde a real nobreza, se fartava naquela Lavra. Assim, a dupla de intendentes, após uma curta caminhada, encontraram a real cozinha, que pelo nome, já imaginavam que seria a última refeição por eles aprecidada: APOCALYPSE, era este o nome da taverna.